ie Likely Dark: December 2005

Wednesday, December 28, 2005

Metallica - "O próximo álbum será metal!"

Eu ainda me lembro quando, alguns meses antes do trágico lançamento de St. Anger, que rolavam boatos de que o Metallica voltara a fazer Heavy Metal. E me lembro também dos cartazes de promoção do Load e Reload. "A pancada voltou", ou coisa do tipo. Quanto ao Load e Reload, realmente a pancada bateu. Bateu um sono do caramba, ouvindo aquela choradeira, mas ainda eram albuns medianos. Aí vieram as promessas: St. Anger é metal. St. Anger tem mais bumbo duplo. St. Anger está mais agressivo. Mas alguma coisa me incomodou nas reviews. Todos diziam "está pesado, mas não é Metallica". "Está diferente".
Havia uma certa melancolia nas narrações, um saudosismo. A maior parte das revistas e sites davam a entender que, apesar de tentar mostrar imparcialidade, se sentiram traídos. Logo entendi a razão disso.
O Metallica realmente tinha recolocado o nome metal na sua música. Mas com três malditas letrinhas atrás dele que fizeram todos os fãs da fase dourada bater cabeça - na parede.
O que é isso? O Metallica virou New Metal? O Lars Ulrich colocou uma lata de Suvinil no lugar da caixa da bateria? Eles gravaram tudo dentro de uma caixinha de fósforos? Será que o meu som está com defeito?
Depois de desapontar o fãs de longa data duas vezes (ou três, se não contarmos o Load e o Reload uma vez só), lá vem o Lars dar esperanças de novo. "O próximo álbum será metal", diz ele. "E não new metal", diz ele.
Já até sei o que vai acontecer. Vai ser metal. Metal melódico. O James Hetfield vai cantar fino e dar agudinhos, o Kirk Hammet vai emboiolar de vez, o Trujillo vai tocar teclado, as letras vão falar de unicórnios e elfos, vai ter um dragão na capa e eles vão começar a usar roupas medievais.
Um terço dos fãs da fase dourada vai cometer suicídio ou tentar matar o Bob Rock.
Aí, depois de uns dois anos, o Lars vai voltar. "O próximo CD será metal", dirá ele. "E não será melódico", dirá ele.
Aí, no dia do lançamento, descobriremos que o Metallica chamou uma mulher para cantar também, e o James vai fazer vocais guturais. Será metal. Gothic Metal.
Todos vão se vestir de preto, terá velas e decoração escura no palco. Os integrantes usarão maquiagem dark, o Kirk Hammet vai abrir uma empresa de cosméticos, a menina vai fazer vocal lírico enquanto o James vai ficar berrando. O Trujillo vai continuar no teclado, mas só fazendo clima de filme de terror.
E os fãs da era Cliff Burton vão ter outro ataque cardíaco, e os que sobreviverem ainda viverão o bastante para ouvir o Lars falando: "O próximo CD será metal", ele dirá. "E não será Gothic Metal", ele dirá.
Aí, finalmente, saí o Cd. Metal. Metal Progressivo. O CD será complicado e técnico, eles usarão óculos e comentarão nas entrevistas de como eles evoluíram. Começa o show da banda e eles tocam uma música, e depois o Kirk Hammet faz um solo de cinco horas, pra matar todo mundo de tédio. Mais uma música e então vem o Lars, que faz um solo de bateria de mais cinco horas, pra ver quem aguenta. O Trujillo vai começar a tocar teclado, baixo, flauta e sanfona ao mesmo tempo.
Aí, depois de alguns anos, o Lars vai voltar. E dirá o de sempre. "O próximo CD será repleto de metais!".
Com certeza. Metais. Metais de orquestra. Trompete, trombone, saxofone.... O Metallica vai virar uma banda de fanfarra. Os verdadeiros fãs terão que se contentar com o clone Perzonal War e tudo termina aí.

Desculpem-me, mas eu só acredito no Lars quando ouvir o CD e realmente parecer metal...

Sunday, December 25, 2005

Feliz Natal

Como diz a revista Roadie Crew desse mês.

"Fé em Deus... fé no Metal!"

Bom, eu poderia resumir meu post nessa citação inútil. Mas vou lembrar algo além das festividades do Natal. O Show do Dream no dia 10/12.

Fomos eu e o Luca. Apesar de ser Platéia superior, o local H para frente permitia uma visão completa do povão e do palco. Houve um atraso de meia hora devido à queda da grade esquerda na pista.
Podíamos ver na cara de cada um da banda: estavam tocando muito à vontade. Myung sorrindo e vibrando. Portnoy arrebentando na bateria. Pettrucci dando tanto show na guitarra que até tocou o baixo do Myung num duelo. O melhor de tudo foi o LaBrie dizendo que iria tocar todas as músicas e a reação do público. Era tudo brincadeira, lógico.

Todos presentes se emocionavam. O Dream Theater não fez mais shows além do de 1998. De lá pra cá, a banda sofreu muitas mudanças. Repertório vasto na turnê desse ano.

No dia 11/10, domingo, eles trocaram o Metropolis Part II na íntegra.

Tracklist de sábado:

The Root of All Evil
Panic Attack
Under a Glass Moon
Peruvian Skies
Strange Deja Vu
Solitary Shell
About to Crash
Losing Time/Grand-Finalle

Intervalo

As I am
Endless Sacrifice
I Walk Beside You
Sacrified Sons
Octavarium
Learning to Live
Pull Metropolis (Pull me Under + Metropolis Part I)

Vou nessa. Mais detalhes sobre o show, fale comigo pessoalmente ;X