ie Likely Dark: Minhas recomendações, claro!

Tuesday, March 11, 2008

Minhas recomendações, claro!

Bom, só pro Bandana não ficar solitário nessa função, vou também colocar algumas críticas:

Leituras:

HEART OF DARKNESS, JOSEPH CONRAD (O Coração das Trevas). Editora Martin Claret (embora a capa seja de outra...) - Não se engane com possíveis sinopses sobre esse livro. NÃO É APENAS uma história de navegador, ou só um retrato sobre o neo-colonialismo inglês feito no começo do século XX. A narrativa se incorpora a Marlow, uma espécie de marinheiro que possui a consciência crítica da história. Ele acaba por ir ao encontro de Kurtz, na savana do Congo. Demais personagens não importam, praticamente. O encontro só ocorre após atrocidades e uma perplexidade do narrador frente à selvageria que existe em todo o ser humano. Há descrições longas no começo, que podem parecer cansativas. No entanto, o autor, que renovou a narrativa em língua inglesa, consegue construir um texto conciso e altamente profundo em poucas palavras, mesmo sendo polonês. O livro inspirou o ClÁAAAASSICO Apocalypse Now, ambientado no Vietnam, por Francis Ford Coppola. Heart of Darkness é curto, cerca de 180 páginas.




Música:



De 2007. Fãs xiitas costumam odiar novos materiais de bandas com muitos anos de estrada. Pessoas com uma crítica mais ácida também. No entanto, mesmo com algumas modernizações, remixagens e repetições de temas, o Dream Theater permanece em constante expansão com novos albuns. Systematic Chaos agrada quem não gostou de Octavarium - riffs pesados, vocalista MUITO bem trabalhado (pra mim, é o melhor album do LaBrie na banda, sem usar muito falsete e com bastante potência) e desenvolvimento do lado mais heavy metal da banda. A faixa Repentance, que se encontra no MEIO do CD, nos relembra das influências progressivas, mais especificamente do Pink Floyd, soando como uma "pausa" entre músicas pesadas. In the Presence of Enemies pt.1 e Prophets of War usam e abusam dos efeitos e da técnica de Jordan Rudess, fazendo com que ele se sobressaia, mesmo em músicas não "tão" progressivas. Constant Motion e The Dark Eternal Night coloca Mike Portnoy novamente nos vocais, que faz um excelente dueto com LaBrie, ao som da guitarra rasgada de John Petrucci. O dono das 6 cordas do Dream Theater tem seus ápices de feeling (COMPROVADO em shows) nas faixas The Ministry of Lost Souls e In the Presence of Enemies pt.2. Os temas do CD são o aquecimento global e os males humanos. Senti falta de John Myung no album, embora seu novo contrabaixo, um MusicMan de 5 cordas, marque presença. RECOMENDO.


De 2003. Sei que as pessoas do Likely não gostam de rock alternativo, talvez com algumas exceções (hehe). No entanto, há um motivo especial para Muse estar aqui - é uma das atuais influências de Mike Portnoy nas composições do Dream Theater, além da banda ser admirada por André Matos e outras pessoas, inclusive fora do meio do heavy metal. Bom, tiradas essas considerações, meu veredicto é que Absolution é o mais pesado e distorcido álbum dessa banda inglesa. O frontman Matthew Bellamy faz um trabalho interessante: usa efeitos de pedais de distorção em sua guitarra progressiva e uma voz tão bizarra quanto Thom Yorke, do Radiohead, simultâneamente. Explorando comportamentos humanos, como a própria capa demonstra, Stockholm Syndrome causa perturbações em suas letras e na sua execução, Hysteria tem um riff pesado e uma melodia direta, enquanto Butterflies e Hurricanes tem uma progressão interessante. Pra quem quer saber o que há no rock alternativo, ou progressivo (?), atual, é recomendadíssimo.

É isso, abraços, pessoal!