Televisão - Introdução
Vidro, tela, riso
Do meu mais profundo
Incômodo, risco.
Vidro é uma tela, arrisco
Dizer que é uma cela, petisco
O sabor de ser presa, de ser raposa.
Transmissão do governo,
Sem mais invernos, declamo
O verso da missão, profusão
Dos ideais, das prisões finais
De uma base de controle.
Transmissão do governo,
O espaço é um começo,
A mensagem é um pretexto.
Só adormece quem foge,
Só desperta afoito, só observe
Seu coito interrompido, não serve.
Transmissão reverbera pelo meu tímpano,
Transmissão atormenta meu ímpar sentido,
Estou completamente atônito, meu isotônico venceu,
Meu estômago revirado, meu intestino delgado
Ligado ao gosto salgado na boca.
Sangue, vindo da tela,
Vidro, aquarela, pintura revela
Meu corpo mutilado por remédios,
Encerra meu contato com um medium.
Mediação institucional
Pisa no meu caos visceral,
Estou numa mediação de fins,
Não há como ver o meio, não há aval
Para os sins que não falei.
Não consigo ver a realidade da tela,
Não sei o valor de uma única espera,
Tem que ser agora, tem que ser, embora
Eu mesmo não possa me mostrar,
Só quero parecer, armar, fechar
A minha própria janela.
Do meu mais profundo
Incômodo, risco.
Vidro é uma tela, arrisco
Dizer que é uma cela, petisco
O sabor de ser presa, de ser raposa.
Transmissão do governo,
Sem mais invernos, declamo
O verso da missão, profusão
Dos ideais, das prisões finais
De uma base de controle.
Transmissão do governo,
O espaço é um começo,
A mensagem é um pretexto.
Só adormece quem foge,
Só desperta afoito, só observe
Seu coito interrompido, não serve.
Transmissão reverbera pelo meu tímpano,
Transmissão atormenta meu ímpar sentido,
Estou completamente atônito, meu isotônico venceu,
Meu estômago revirado, meu intestino delgado
Ligado ao gosto salgado na boca.
Sangue, vindo da tela,
Vidro, aquarela, pintura revela
Meu corpo mutilado por remédios,
Encerra meu contato com um medium.
Mediação institucional
Pisa no meu caos visceral,
Estou numa mediação de fins,
Não há como ver o meio, não há aval
Para os sins que não falei.
Não consigo ver a realidade da tela,
Não sei o valor de uma única espera,
Tem que ser agora, tem que ser, embora
Eu mesmo não possa me mostrar,
Só quero parecer, armar, fechar
A minha própria janela.
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