ie Likely Dark: "A Morte do Saddam não fez diferença na minha vida"

Tuesday, January 02, 2007

"A Morte do Saddam não fez diferença na minha vida"

Escutei isso em diversos locais. Desde críticos conceituados até simples grupos de discussão, como o Orkut. Também tem aquelas opiniões fundamentadas em supostos "direitos humanos", que acharam absurda e fria a execução. E ninguém pára pra pensar no número de atentados, nos atentados que já estavam acontecendo e nos conflitos aparentemente divididos do Oriente Médio.

A morte do ditador iraquiano pode não afetar a vida de um cidadão paulistano que vive sua vida pacata e reclusa, especialmente em prazos curtos. Pode não afetar um nova-iorquino, um londrino, um francês, etc, mas não se esqueça que essa morte afeta o cidadão do iraque, vítima de atentados não porque Saddam representava um sentido a sua vida, mas porque ele era e é uma imagem influente, que inspira terroristas à favor ou não. Retirá-lo, eliminá-lo, foi uma burrice do ponto de vista estratégico na cúpula militar e política dos Estados Unidos da América. Seria muito mais prudente, se realmente valesse a pena enforcar um genocida, fazer isso quando não houvesse mais ocupação de soldados em seu território. Ai realmente seria um julgamento de iraquianos para iraquianos. Dizer que as políticas da maior potência não te afetam é esquecer esses pontos.

Desde o começo do primeiro governo Bush temos testemunhado comportamentos como esse, além do aparecimento de mais "países nucleares". E não esqueça que a radiação não afeta apenas a região de explosão, podendo ser arrastada pelo vento e gerando epidemias diversas. Gripe aviária? Doenças não-identificadas, conhece?

Quando fazem alarde do perigo da camada de ozônio, esquecem desses detalhes significativos e bem terrenos.

À pedidos do Luca, o link pro vídeo da execução:
HERE