ie Likely Dark: Sobre Música e Seguidores

Friday, June 17, 2005

Sobre Música e Seguidores

Bom, o Bandana me chamou de volta pra cá, caso alguém estranhe a autoria do post.
O texto a seguir eu fiz pro meu blog antigo, segundo uma reportagem relativamente simples que vi na Veja de 15 de maio (ou seja, bem velha). A url do blog é http://www.pedromorto.weblogger.terra.com.br/index.html

"Estava lendo a Veja dessa semana hoje, havia uma matéria sobre a publicação da biografia de um dos maiores ídolos pops do Rock Clássico dos anos 50/60, Bob Dylan. O nome é Crônicas - Volume 1

Por que eu estou falando sobre isso?

Estou falando porque ele faz uma crítica, em várias partes do livro, sobre a forma como seguidores de um ídolo o idolatram a ponto dele sentir nojo de si mesmo. Um nojo de pessoas que se arrastam atrás de alguém sem pensar ou tentar procurar uma forma crítica de absorver a cultura exposta. Dylan acabou por se enojar após ter sido considerado "Rei da Rebeldia e do Protesto", a popularidade rebelde máxima. Considerava, talvez, tão alienados os bandoleiros de seus tempos quanto os que seguiam a mídia, no mesmo período.

Tem vezes que eu sinto um sentimento parecido com o deste. Pessoas acabam se apegando muito fortemente às coisas e esquecem de que são capazes de transformar, de compreender ao seu modo. Rebeldes que se dizem e que não agem, não passam de massa. O gênio John Lennon foi criticado por Dylan, em sua fase mais pop (1965, +/-). Depois disso, passou a ter mais cuidado com as músicas que criava, não expondo ao público grande parte delas. Pena que após sua morte, tudo tornou-se público, mostrando até uma certa falta de respeito com o artista.

Arte é arte, não é necessáriamente coisa pública.

Bom, não quero ser amargurado como Bob Dylan é. Mas é muito interessante ver o seu ponto de vista como uma proteção para si, como um reconhecimento do que se inventa. Somos seres humanos, não apenas máquinas com cérebros eternamente criativos.

Existem mensagens que morrem conosco e muitas outras que jamais poderemos decifrar."

É só.
Té mais.